Joseph Falciatano começou a se chamar de "Homem Magnético" em 2007 depois que seus professores concluíram que sua presença em algumas salas poderia travar os computadores da escola, segundo o jornal local The Post-Standard.
"Outro estudante podia usar um computador e tudo ficava normal. Mas se Joe (Falciatano) estava ao computador, coisas estranhas aconteciam. Acho que há alguma coisa na química de seu corpo que causa a confusão nos computadores", disse Marie Yerdon, professora da escola onde Falciatano estuda.
O estudante americano afirma que quase não passou em uma das matérias do currículo escolar em 2007, pois teve problemas para concluir seu trabalho, que requeria o uso de Power Point.
"Nós desligávamos (o computador), reiniciávamos e ele trabalharia por um tempo, mas em seguida ele começava a ter problemas. Então eu o levava para um computador diferente, que outro estudante usava sem problemas, mas não adiantava", disse Yerdon.
Solução
A professora então colocou um forro embaixo do computador que funcionava como um fio-terra e também colocou uma pulseira antiestática no braço de Falciatano.
Yerdon afirma que a escola comprou estes equipamentos para proteger estudantes que tivessem um marcapasso de qualquer oscilação da eletricidade, enquanto usassem o computador. Neste caso, o equipamento foi usado para proteger o computador. E funcionou.
Quando o pai de Falciatano, também chamado Joseph Falciatano, recebeu um bilhete da escola comunicando o problema, não levou a sério.
"Pensei que era piada. Mandei um email de volta falando 'É, ele sempre quis ser um super-herói'", disse.
Em casa, o estudante só teve problemas com seu videogame Xbox, que travava toda vez que ele tentava jogar.
Os pais de Falciatano trocaram o console pelo Xbox 360, sem fios, que ele pode usar desde que fique longe do console.
Kelly Robinson, especialista de uma empresa de Rochester que resolve problemas elétricos e eletrostáticos tentou medir a eletricidade estática no corpo de Joseph Falciatano, mas os resultados foram todos normais.
Mesmo assim, Robinson, afirmou que o problema do estudante é uma "questão de estática".
"Nosso corpo é formado, em grande parte, por água, com um pouco de sal e minerais. Isto faz com que o corpo humano seja um ótimo condutor de eletricidade. E, mesmo que existam variações de pessoa para pessoa, a condutividade ainda é muito alta", disse.
O especialista acrescentou que muitos fatores podem desencadear este tipo de problema e gerar as variações na eletricidade estática: o tipo de roupa que as pessoas usam, se usam calçados com solas isolantes, se esfregam os pés no tapete ou carpete ou se trabalham em salas com baixa umidade.
Para o início do novo ano letivo, a escola de Joseph Falciatano mudou o estudante de sala e os problemas parecem ter acabado. O estudante nem precisou usar a pulseira antiestática. Mas tem usado menos o computador da escola.
Fonte: BBC BRASIL.com http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080313_meninomagneticofn.shtml
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