Wolfire- Science: Vantagem Natural

Vantagem Natural



O jornal New England Journal of Medicine divulgou a primeira descrição documentada de um ser humano portador de uma mutação genética que elimina a produção de miostasina.

Seria um benefício injusto haver vantagens naturais deste tipo em atletas? O caso justificaria o uso de drogas inibidoras da miostasina ou de terapia genética por parte de outros atletas só para nivelar a competição?

O esquiador de cross-country finlendês Eero Mäntyranta ganhou duas medalhas de ouro na Olimpíadas de Inverno de 1964. A descoberta da mutação em toda a sua família foi feita décadas mais tarde. A mutação provoca uma resposta exagerada à eritropoietina, gerando um número expepcionalmente alto de glóbulos vermelhos que transportam oxigênio. Vários menbros da família eram campeões em esportes de resistência.

Além das mutações com efeitos drásticos, pesquisadores estão começando a descobrir variações genéticas naturais que favorecem masi sutilmente determinados tipos no esporte

Em 2003 cientistas australianos examinaram um gene, o ACTN3, num grupo de velocistas. Quase 20% não possuem a versão funcional deste gene, que origina uma proteína específica para as fibras musculares rápidas. Os velocistas continham uma frequência alta da presença de ACTN3 funcional.

Até agora, mais de 90 genes já foram associados ao desempenho atlético.

Um receio está a tomar forma entre os críticos. A conformação genética poderá fazer com que crianças sejam recrutadas para certos desportos ou impedidas de atingir níveis de elite no caso de não possuírem a conformação desejada.

Criaremos superatletas?

Fontes:
  • Scientific American Brasil nº27 agosto 2004
  • New England Journal of Medicine

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