Autoridades de saúde liberaram estudos com células humanas e animais.
Autoridades de saúde britânicas deram permissão para que cientistas criem embriões híbridos de células humanas com óvulos de animais para pesquisa.
A Autoridade de Fertilização Humana e Embriologia da Grã-Bretanha (HFEA, na sigla em inglês) autorizou o processo depois de uma consulta que indicou que a população do país aceita a idéia.Dois centros de pesquisa, o King's College de Londres e a Universidade de Newcastle, poderão iniciar os trabalhos sob uma licença com validade de um ano para o estudo.
Especialistas afirmam que o uso destes embriões é muito importante para a pesquisa de várias doenças.A equipe do pesquisador Stephen Minger, do King's College de Londres, quer criar híbridos para estudar doenças conhecidas por suas causas genéticas, como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson.
Células-tronco
Cientistas querem criar embriões híbridos fundindo células humanas com óvulos de animais para a extração de células-tronco. Os embriões híbridos resultantes seriam destruídos depois de 14 dias. As células-tronco podem ser descritos como os blocos mais básicos de construção do corpo e têm a capacidade de se transformarem em qualquer tipo de tecido.
A equipe do cientista Lile Armstrong, da Universidade de Newcastle, espera usar a técnica para compreender como as células-tronco se desenvolvem e se transformam em tecidos diferentes. No futuro, esta informação poderá levar os cientistas a desenvolverem novos tecidos em laboratório.
"Agora que temos a licença, podemos começar o trabalho o mais rápido possível. Já trabalhamos muito transferindo células animais para óvulos de bovinos então esperamos um progresso rápido", disse Armstrong.
Óvulos
Atualmente, os cientistas que pesquisam esta área precisam usar óvulos humanos deixados em clínicas, sobras de tratamentos de fertilização. Mas estes óvulos estão em falta e nem sempre são de boa qualidade.
"A decisão da JFEA representa um retrocesso desastroso para a dignidade humana na Grã-Bretanha. A falta de distinção das fronteiras entre humanos e outras espécies é errada e vai contra o cerne do que nos faz humanos", disse John Smeaton, diretor nacional da Sociedade Britânica de Proteção das Crianças que ainda não Nasceram (SPUC, na sigla em inglês).
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